ESPAÇO DE INFORMAÇÕES, CURIOSIDADES, LUGARES, EVENTOS.. TUDO QUE SURGIR :) E QUE TRAGA ALGUM TIPO DE REFLEXÃO, SEMPRE !

29.12.08

CONVENÇÅO DOS FERIDOS PELO AMOR

FICA DECRETADO QUE: ART.1 - Todos os amantes, dequalquer sexo, ficam alertados que o amor, além de ser uma bençåo, é algo também extremamente perigoso, imprevisível, capaz de acarretar danos sérios. Consequentemente, quem se propõe a amar deve saber que está expondo seu corpo e sua alma a vários tipos de ferimentos, e não poderá culpar seu parceiro em nenhum momento, já que o risco é o mesmo para ambos. (p.11; O LIVRO DOS MANUAIS/ COELHO, PAULO)


OS FERIDOS POR AMOR, AO CONTRÁRIO DOS FERIDOS EM CONFLITOS ARMADOS, NÃO SÃO VÍTMAS NEM ALGOZES. ESCOLHERAM ALGO QUE FAZ PARTE DA VIDA, E ASSIM DEVEM ENCARAR A AGONIA E O ÊXTASE DE SUA ESCOLHA.
E OS QUE JÁ FORAM FERIDOS POR AMOR, NÃO PODERÃO NUNCA DIZER: "VIVI". PORQUE NÃO VIVERAM.(P.12 A)

17.12.08

ESCUTATÓRIA - ARTE DE OUVIR !

"Escutar é complicado e sutil. Diz o Alberto Caeiro que "não é bastante não ser cego para ver as arvóres e as flores. É preciso também não Ter filosofia nenhuma." Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Aí a gente que não é cego abre os olhos. Diante de nós, fora da cabeça, nos campos e matas, estão as arvóres e as flores. Ver é colocar dentro da cabeça tudo aquilo que existe fora. O cego não vê porque as janelas dele estão fechadas. O que está fora não consegue entrar. A gente não é cego. As flores e as arvóres entram. Mas - coitadinhas delas - entram e caem num mar de idéias. São misturadas nas palavras da filosofia que mora em nós. Perdem sua simplicidade de existir. Ficam outras coisas. Então, o que vemos não são as árvores e as flores. Para se ver é preciso que a cabeça esteja VAZIA."
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"Parafraseio o Alberto Caeiro: "Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma." Daí a dificuldade: a gente não aguenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor."
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Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil da nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos..."
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